Estava claro que quem fizesse o primeiro gol, levaria o jogo.
Ronaldo estava bem marcado, mas diferente do jogo contra o Grêmio, o alvinegro entrou em campo ligado, esperto, marcando firme.
O Cruzeiro oferecia perigo, mas notavelmente sentia a falta de Ramires e Wagner.
Então, Ronaldo resolveu meter a bola com precisão incrível para Jorge Henrique. O atacante com um toque dominou e driblou Fábio. 1 a 0 e o emocional mineiro lá no chão.
Pouco tempo depois, Morais deixou Ronaldo na cara do gol. O atacante bateu e Leonardo Silva fez a defesa. Zagueiro expulso e pênalti marcado.
Aí começaram os erros. O juíz não marcou invasão de área e não mandou voltar o lance, depois de Fábio ter se adiantado. Mas isso não tira o mérito do goleiro ter parado e esperado a paradinha de Ronaldo. Aliás, o atacante precisa bater pênaltis com seriedade, mas se tivesse acertado, mais uma vez seria o gênio.
O gol enterraria o Cruzeiro, mas a defesa colocou o time, ainda que com um a menos, de volta à partida.
A pressão foi intensa e o timão pouco pode fazer antes do intervalo.
Só que no banco do time paulista está Mano Menezes. O Corinthians voltou marcando bem e contra atacando com muito perigo.
A torcida se orgulha de vencer com sofrimento e dessa vez, não foi diferente. Jorge Henrique, Elias e cia perderam gols cara a cara, perdendo a chance de matar o jogo. O Cruzeiro estava em cima. Kléber fez uma atuação excelente. É um atacante fora do comum, que merece uma vaga na seleção. Sai da área, chama o jogo, finta, aparece pra tabelar, bate no gol.
Só que no melhor momento do time mineiro, Jucilei (que vinha fazendo grande partida) recebeu no meio de campo, deu uma meia lua no marcador e não foi fominha. Passou para Ronaldo. 2 a 0.
Quando o jogo parecia decidido, Kléber sofreu pênalti, discutível. Eu acho que não foi, mas também não vejo absurdo na marcação. O gladiador bateu forte, no meio do gol e descontou.
Com cinco minutos mais os acréscimos, o mineirão virou um caldeirão. O Cruzeiro foi para cima e, se não fosse Felipe e Chicão, o jogo teria terminado empatado. Jogo emocionante, com resultado justo pelas chances criadas.